quarta-feira, 15 de junho de 2011

- Começando bem

Quando as coisas dão errado procuro rir. De nervoso. De medo da Lei de Murphy. De vontade que tudo se ajeite. Sei lá, acho que quando a gente ri acaba afastando o peso e a negatividade. Ao mesmo tempo que forço o riso sou meio muito brava. Hoje acordei e me enrosquei no cobertor, acabei caindo no chão e fiquei toda dolorida. Quando fui comer cereal sujei meu pijama. Quando fui me vestir bati a cabeça na parede e doeu. Então eu pensei: mais nada pode acontecer. E logo que pensei mais uma coisa aconteceu. Bati o dedinho na cama. Falei palavrões. E comecei a rir de mim mesma. Isso não é nada perto do resto. Tanta gente sofrendo, tanta gente doente, tanta gente com problemas graves. E me pergunto: você se importa, realmente se importa? Li um comentário em um blog que acompranho a respeito de um texto sobre doar sangue, eu particularmente acho a causa linda e quando tiver 18 doarei tipo sempre! *-*, e tive que concordar se ela tivesse falado de qualquer assunto legal teria um montão de comentários, mas falou de doença, falou para vocês se moverem, e as pessoas se calam, se recolhem, ficam na sua. Até quando a gente vai se importar com a própria vida? Quando vamos começar de fato a nos preocupar com o bem-estar do outro? Não gosto de depender de ninguém, sabe por mim faria todas as coisas sozinha, do meu jeito. Sei que ele não é o correto e sei que muitas vezes é meio atrapalhado, mas sei lá pelo menos se der alguma merda eu posso consertar. Pior é quando a gente larga na mão do outro e ele faz uma besteira. Não posso dominar o mundo nem coordenar tudo, eu sei. Muita coisa foge do meu alcance e preciso entender isso. Meu jeito não é o certo, as pessoas são diferentes, repito isso em voz baixa pra ver se fico convencida. Mas não adianta. Sou chata, gosto de tudo no seu lugar. Quero que as pessoas se importem, acordem, se escutem. A gente tem que se escutar. A gente tem que enxergar o outro. Não apenas ver, mas enxergar, enxergar como um todo. Mas as pessoas vivem preocupadas com as próprias vidas, com dinheiro, status, modinha. Chega a dar medo. Chega a dar um nó no peito. Chega a desiludir. Mas não perco a fé na humanidade. Nem em dias melhores.

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