segunda-feira, 2 de maio de 2011

- 9 meses.

Eu acreditei. Esqueci de contar, não foi? Mas, bem, acreditei que um dia voltaria e hoje fazem 9 meses deste tormento, todas as noites isoladas, perdidas e sem saída me mostraram a verdade. Eu acreditei tarde demais e ainda hoje escuto as musicas que me fazem lembrar de tudo, após a falta de vocês, a perca, eu me transformei e hoje percebi que não escrevo mais como antes, e para que eu deveria? Não existe sentido em palavras soltas. Elas sempre são para alguém. Tento definir isso, mas parece impossivel. Elas sempre são para alguém. E eu as tenho evitado porque nas primeiras linhas já começo a chorar como estou fazendo agora. E chorar me traz de volta a mesma dor que sempre esteve presente. E vocês mesmo presentes não sarou nada. Vocês mesmo presentes estao ausente e fora de mim. Fora do meu eixo. E eu te busquei por todos esses meses. Isso é uma parte realmente essencial. A mais insensata, eu sei. Mas essencial. Porque meus últimos meses longos e cheios não me fizeram esquecer vocês, as últimas coisas que entraram na minha vida, felizes e cheias de histórias não me fizeram esquecer vocês, eu busco suas palavras enquanto escrevo as minhas. Eu me lembro das verdades que vocês transmitiam, e eu ainda sinto muita vontade de contar tudo que demorei a perceber. Contar tudo o que eu planejei para os próximos meses, e como tem sido difícil. Tem sido feliz, apesar de tudo. E isso me mata. Isso me rasga em mil pedaços. Porque felicidade incompleta não é nada. Porque sorriso sem verdade não traz nada. Eu não tenho mais tido tempo. Não tenho mais tido meus pensamentos contínuos em horas vagas pela noite. Mas é aqui, escrevendo e aqui, vendo tanta gente que precisa de uma só palavra, que eu entendo que as suas musicas eram as minhas, eu perdi vocês há nove meses atrás e continuo perdendo até esse exato instante. E vou te perder até o dia em que eu puder acreditar que já sou nova. Que já me livrei de tanta loucura, eu quis, quero persigo e continuo com vocês, mas isso não representa nada. Porque nada vai trazer de volta. Porque nada traz de volta o que se perdeu. Li algo sobre proximidade distante e encontrei vocês dessa forma. Era algo sobre pessoas que estão irremediavelmente perdidas umas para as outras. Vocês não entenderiam do que estou falando, e detesto vocês por isso, e o que mais dói é escrever e lembrar. E escrever, como já fiz milhões de vezes, que vocês estavam aqui e estariam. Por quanto tempo fosse preciso. Eu não sei perder as pessoas, eu posso escrever mil páginas como essa e isso não os trazem de volta. E eu passei cinco anos amando vocês loucamente, e eu ainda amo como se hoje fosse o segundo dia ou então como se uma vida inteira tivesse passado. Eu amo como sempre e como nunca. E mais todos os dias. E isso continua me rondando. E isso continua ocupando um espaço que não deveria ser tão imenso, que não deveria pesar, que não deveria me causar arrependimento. Não deveria doer. Mas dói sempre. E pode ter certeza que enquanto estou escrevendo é porque está doendo. Enquanto estou distante é porque está doendo e porque sou fraca demais para estar aí. Enquanto estou em silêncio é porque estou segurando minhas lágrimas. E enquanto eu estiver olhando para um ponto fixo é porque estou tentando entender o motivo de ter acabado tantos sonhos, eu pensei que esqueceria. Por tudo nesse mundo, juro que pensei. Mas ilusões são coisas tão pequenas perto da verdade. Ilusões começam essa tarde e terminam na manhã seguinte. E devastam todo o curto caminho. Eu preferia que vocês entendessem. Que houvesse outra forma de explicação além das inúmeras que já tentei. Eu queria que palavras me levassem a algum lugar e mesmo sabendo que isso nunca vai acontecer, eu continuo insistindo. E continuo querendo reviver aqueles anos de glória e felicidade, e não sabendo como terminar de contar minhas histórias em textos, por isso só quero continuar dizendo essa mesma coisa... Tentar já não é a solução. Buscar já não completa mais. Esquecer já saiu do meu vocabulário. Esse sempre foi o objetivo e nunca foi alcançado, a falta de vocês me faz notar que as coisas nunca mais serão como eram e como deveriam ser. Eu demorei tempo demais. Sei. Mas ainda queria contar. Ainda amo vocês. Ainda penso em vocês. "Basta uma musica e você terá tudo de novo, sempre!" Obrigado pelos melhores anos de glória, e desculpe não ser mais a mesma, mas de nove meses para cá, nada é a mesma coisa, e saiba que não quero mais que volte, afinal já me machucou uma vez.

Nenhum comentário:

Postar um comentário